Silêncio na meditação
- Consciência Corporal
- 9 de out. de 2020
- 2 min de leitura

A prática do silêncio na meditação é como a fundação de uma casa, nada se sustenta por muito tempo se não estiver sólida.
Mas o que é o silêncio e como o encontramos num mundo cheio de ruídos?
Silêncio não é ausência de som, mas atenção para escutar os ruídos. Sentado, com a coluna ereta, fechamos os olhos, e focamos em nossa inspiração e expiração.
Sem perder o foco, começamos a ouvir o barulho da rua, o cantar de um passarinho, uma buzina. Ouvimos nossa respiração, nosso coração, nossos pensamentos. E eles vem e vão!
“Quanto tempo já passou? Será que eu perdi alguma coisa? Nossa, que passarinho irritante! Hoje tem conta para pagar!” Se dermos asas, inicia-se um diálogo interior interminável.
Pois bem, isso é o que acontece no dia a dia. Quantas vezes estamos estudando ou trabalhando, mas pensando em outras coisas. Na meditação Ch´an a presença dos ruídos externos e internos é contemplativa, apenas observação sem julgamento. Deixamos o pensamento surgir, contemplando, e os deixamos ir. Com a prática e aprofundamento do estado meditativo, cada vez menos pensamentos surgirão, e o silêncio será cada vez mais perceptível.
Pensamentos desordenados e estado de ansiedade consomem energia, e não permitem a tomada correta de decisão. Através da meditação, obtém-se uma mente tranquila, porém focada e atenta, interpretando melhor a realidade, facilitando a aprendizagem e produtividade.
O silêncio interno traz contato com algo mais profundo, pois ele tem voz. É no silêncio da mente que podemos ouvir a voz da chamada sabedoria intuitiva. A sabedoria que não passa pela razão, o insight. São momentos de ampliação de consciência.
Nas palavras de Albert Einstein: “A mente intuitiva é um dom sagrado, e a mente racional é um servo fiel. Nós criamos uma sociedade que honra o servo e se esquece do dom.”
Escrito por: Consciência Corporal
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